Publicado em: 04/09/2024
O Centro de Estudos Ambientais – CEAM, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente - PPG-DTMA da Universidade de Araraquara - Uniara, promoveu o curso ‘Que som é esse? Paisagens sonoras, identificação e busca por padrões acústicos’. O encontro, ministrado pelo pesquisador Júlio Cesar Lima de Araújo, da Universidade Federal de São Carlos – Ufscar, foi realizado nos dias 29 e 30 de agosto.
A responsável pela organização do curso e doutoranda do PPG-DTMA, Daiane Raimundo de Barros, conta que “o monitoramento acústico passivo - PAM - é um método de amostragem padronizado, que está se tornando cada vez mais difundido e acessível”. “Por meio de um aparelho de captação de sons é possível identificar a presença de animais nas áreas de floresta”, relata.
“Os pesquisadores do CEAM participaram de uma capacitação que permitirá o uso do audiomoth em suas pesquisas. Com esse aparelho, é possível gravar sons de anuros - sapos, rãs e pererecas -, aves e mamíferos, como morcegos, e primatas, e identificá-los por suas vocalizações”, explica a doutoranda.
Daiane conta que “o gravador funciona de modo autônomo e pode ficar por vários dias na mata”. “Isso evita possíveis perturbações à fauna pela presença do pesquisador, além de minimizar o custo de coletas, uma vez que o tempo de permanência de pesquisadores é o de instalação e retirada do aparelho.
Por essa metodologia, também será possível avaliar várias áreas ao mesmo tempo em diversos pontos”, explica.
“Cada vez mais a tecnologia vem inovando e fazendo parte das coletas de campo, por isso é importante que os pesquisadores estejam sempre capacitados para usar as melhores ferramentas e desenvolver pesquisa de ponta. Atualmente essa metodologia tem sido aplicada por alunos do CEAM em duas pesquisas: uma de Iniciação Científica e outra de Doutorado, que utilizam esse equipamento para estudos em áreas de sistema agroflorestais e em áreas de Cerrado”, ressalta.
Para o docente do Programa, Guilherme Gorni Rossi, “o curso foi pensado para os alunos do CEAM, que é um órgão suplementar, mas também está vinculado ao PPG-DTMA, e aborda basicamente todos os reflexos das ações humanas nos indicadores ambientais e, obviamente, ele traz uma nova ferramenta”.
“É importante pois proporciona um avanço na tecnologia e na utilização de novas ferramentas de estudo da biodiversidade do interior do estado de São Paulo. Na verdade, para a biodiversidade de uma maneira geral e ele foi pensado para trazer uma nova técnica que utiliza a Inteligência Artificial – IA, e possibilita aos alunos a obterem um maior volume de dados com um esforço amostral muito mais distribuído, mais alocado”, explica.
Rossi salienta que “isso minimiza custos, mas, ao mesmo tempo, aumenta a quantidade de informações que nós temos dos ambientes e eles proporcionam uma análise de diversidade de faunas absurda, desde aves, morcegos, anfíbios e outros mamíferos”. “Isso é importante para a universidade porque trouxemos a tecnologia de fora e agora trouxemos esse pesquisador para treinar a equipe, que já está toda preparada nessa etapa de tratamento dos dados, fazendo coletas e utilizando esses dados para o monitoramento ambiental. Essa é uma das principais vantagens desse curso: a formação do recurso humano capacitado para trabalhar com ferramentas mais modernas, como é o caso do audiomoth que envolve a Inteligência Artificial”, finaliza o docente.
Mais informações sobre o PPG-DTMA da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br, pelo e-mail dtmeioambiente@uniara.com.br ou pelos telefones (16) 3301-7126 e (16) 99708-8423 (WhatsApp).
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